quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Faz-me um poema...

Faz-me um poema!
Sussurra-o ao meu ouvido,
Em segredo.
Abraça-me e diz-me
O que eu quero ouvir.
Beija-me!
Como se não houvesse amanhã

E nada mais importasse à nossa volta,

Como se tivéssemos todo o tempo,
E como se o nosso desejo não se esgotasse

Nas palavras que nunca dissemos

Mas que adivinhamos

Em cada novo verso,

E que sonhamos ouvir.
(Vera Silva -
www.luso-poemas.net)


Este não foi o poema que eu escrevi. Foi o poema que eu senti, que eu pensei, e que alguém, antes de mim, encontrou as palavras ideais para o compor. E se utilizei a palavra compor e não escrever, não foi por acaso.
Para mim, quando um poema é bom, traz uma melodia consigo. Uma melodia que ninguém consegue descrever, que varia de pessoa para pessoa, mas que nos toca de um modo particular.
E este poema, de uma pessoa que não conheço, fez soar em mim uma melodia triste... Até porque relembrei, com vergonha, que nunca ninguém me fez um poema...