sexta-feira, 29 de junho de 2007

Já perdi o sabor dos teus beijos











Já perdi o sabor dos teus beijos,

e não posso precisar a cor dos teus olhos.


Se eu te disser que sou meia-tua, faz sentido?

Provavelmente, tanto como tudo na nossa história.

Um punhado de momentos mágicos, que me fizeram acreditar.

Acreditei sem querer, juro!...


Sabes?

Há momentos em que faço planos para nós.

Imagino o nosso reencontro,

marco o dia e a hora.


Sinto-me fraca, aí,

por não conseguir deixar de pensar em ti.


Quero voltar atrás e não te conhecer.


Sabes?

Uma noite, senti-te comigo...

Senti-te a caminhar comigo...

Algo mágico mas real aconteceu.

Senti que nos perdemos juntos...

Nessa noite, pensei que tinha trazido comigo, um bocadinho de ti.


Depois perdi-te.

Não percebi quando, nem como.

E ao perder-te, perdi-me também.

Porque afinal, nessa noite, não trouxe um bocadinho de ti...

Nessa noite, deixei contigo muito de mim...


E se, dias depois, encontrei um porto seguro.

forte, calmo, doce e apaixonado,

não foi aí que me encontrei...

Porque não é o meu porto,

a minha paixão és tu,

e ainda não devolveste a parte que tens de mim!



Sexta-feira, 15 de Junho de 2007

Esta noite é nossa...




Esta noite é nossa.


O teu sorriso abre-se só para mim,

E os teus olhos mostram-me.


As tuas mãos descobrem os meus segredos

E os teus braços guardam-me em ti.


Como barco perdido, navegas no mar do meu corpo…


Embrulhados na espuma das ondas,

Percorremos minutos de mar…

Tomamos a lua, num momento só nosso.


E o teu corpo encontra-se em mim,

Descobre o rumo nas minhas correntes.


Enlaçam-se os corpos,

Prendem-se as amarras,

Soltam-se as âncoras,

Ao chegar ao porto seguro.

Esperei por ti, sem saber;

Chamei por ti, sem te ver;

Vi-me em ti, sem querer;

Quis-te, sem poder…

Esta noite era nossa…


Sexta-feira, 4 de Maio de 2007

Perdida em ti




Perco-me dentro de ti sem nunca te ter percorrido.


O mar dos teus olhos liberta-me e prende-me,

Como uma mão que se abre fechada.


A lua segue, de longe, o meu respirar,

Que se apressa sozinho porque não estás aqui.


E os teus lábios, hoje, não me dizem nada…

Não se abrem para mim, não dizem o que quero ouvir,

Não dizem nada…


A música que me guarda esta noite perdeu o tom.

Guitarras tocam, desgarradas, melodias que não conheço,

E a minha voz enlouquece, cantando errante.


Hoje, perdi-me em ti.



Sábado, 14 de Abril de 2007